Brasil lidera primeiro ranking de universidades latino-americanas
O Brasil, com a Universidade de São Paulo (USP) no topo, lidera com
folga, à frente de México, Argentina e Chile, o primeiro ranking QS de
Universidades latino-americanas, publicado esta terça-feira no site
TopUniversities.com.
Impulsionado pelo aumento do investimento público em educação, o Brasil
emplacou 65 universidades entre as 200 primeiras da lista, quase o
dobro do México (35) e muito mais do que Argentina e Chile (25 cada).
Segundo os autores do estudo, as universidades brasileiras adquiriram
oito dos dez primeiros lugares em produtividade de pesquisa e tiveram a
maior proporção de acadêmicos com doutorado.
Eles destacaram, ainda, que o número de matrículas universitárias triplicou nos últimos 10 anos no Brasil.
"A economia brasileira já é a sétima do mundo e a Goldman Sachs previu
que superará as de Canadá, Itália, França, Reino Unido e Alemanha nos
próximos 20 anos", disse Ben Sowter, chefe de pesquisas do ranking QS.
"Enquanto muitos governos de países desenvolvidos cortam os gastos em
universidades, os Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) estão investindo
grandes quantias de dinheiro na construção de universidades de nível
internacional", avaliou o diretor da página TopUniversities.com, Danny
Birne, para quem o denominador comum é que todos consideram a educação
um "elemento chave" para seu desenvolvimento.
"Uma educação superior de nível mundial será central para seu
desenvolvimento e o novo ranking QS mostra que os investimentos do
Brasil já estão começando a colher frutos", acrescentou, em um
comunicado.
A classificação é liderada pela Universidade de São Paulo, seguida da
Pontifícia Universidade Católica do Chile, em segundo lugar, e da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em terceiro.
Com relação a outros países, a primeira instituição de ensino mexicana,
a Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), apareceeu em quinto
lugar; em sexto está a primeira de 21 instituições colombianas, a
Universidade dos Andes; e a primera da Argentina, a Universidade de
Buenos Aires, em oitavo.
Nesta primeira edição do ranking regional, o QS se baseou em critérios
específicos da América Latina, como a proporção de professores com
doutorado, a produtividade de pesquisas per capita e a presença na
internet, assim como pesquisas existentes.
Os pesquisadores, no entanto, se questionam se o Brasil poderá chegar a ser a próxima superpotência universitária.
No mais recente ranking QS das melhores universidades do mundo 2011,
liderado pela primeira vez pela Universidade de Cambridge, no Reino
Unido, a USP só alcançou o 169º lugar, sendo a única instituição de
ensino latino-americana entre as 200 melhores do mundo.
UOL