Dia do Professor: parabéns pela luta! |
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"A luta dos professores em defesa dos seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto prática ética. Não é algo que vem de fora da atividade docente, mas algo que dela faz parte." (Paulo Freire)
A frase do pedagogo pernambucano, patrono da 8ª Conferência Nacional de Educação da CNTE, realizada em setembro em Recife, reforça a necessidade da luta incansável da categoria pela valorização permanente de todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação.
Em 2012, a CNTE tem dado continuidade ao trabalhado firme pela garantia de direitos dos/as educadores/as e pela qualidade da educação pública. A aprovação do PNE na Câmara dos Deputados, a VI Marcha Nacional, que levou mais de 10 mil trabalhadores/as para a Esplanada dos Ministérios em Brasília, a Conferência de Educação na terra de Paulo Freire, e as mobilizações regionais contra a Adin dos governadores expressam as agendas de lutas de nossa Entidade pelo reconhecimento da educação como prioridade máxima do país.
Neste momento, a CNTE e seus sindicatos filiados esperam a aprovação do PNE, no Senado, com a destinação de 10% do PIB para a Educação Pública, patamar este a ser alcançado com a alocação de 100% dos royalties do pré-sal para a educação, conforme tem defendido a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da educação, Aloizio Mercadante.
A CNTE também luta por uma educação democrática, e o Dia do Professor é mais uma oportunidade para lembrarmos à sociedade a importância da valorização da escola pública como instrumento de elevação das condições sociais do povo brasileiro. Para tanto, o Estado deve assegurar as condições de trabalho aos educadores – professores e funcionários – e de aprendizagem aos estudantes.
Neste dia 15, que todos os/as professores(as) e demais trabalhadores/as em educação tenham orgulho do seu trabalho e continuem lutando para transformar a educação do Brasil.
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Você
sabe como surgiu o Dia do Professor?
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O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia
consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um
Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto,
“todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras
letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do
ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os
alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser
contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima -
caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o
referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado
ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no
número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos,
conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre
ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo
este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de
parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de
rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o
encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade
natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena
confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e
Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e
implantar-se por todo o Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso,
espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser
oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal
52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão
do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os
estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se
enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os
alunos e as famílias".
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