62% dos brasileiros
acreditam que educação do País vai melhorar
População do Brasil está otimista, mas é uma das
mais críticas da América Central e do Sul em relação à qualidade do ensino
atual

Nos
países das Américas Central e do Sul, a população acredita que a educação irá
melhorar na próxima década, mas muitos cidadãos ainda dão “nota vermelha” para
os sistemas locais de ensino. É o que aponta a pesquisa Olhares sobre a
Educação Ibero-Americana, divulgada nesta quinta-feira (6) pela Organização dos
Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). No
levantamento, foram entrevistadas mais de 22 mil pessoas em 18 países da
região, incluindo o Brasil.
Avaliação: Desempenho melhora na educação básica, mas ensino médio ainda patina
Avaliação: Desempenho melhora na educação básica, mas ensino médio ainda patina
Os
brasileiros estão entre os mais otimistas em relação ao futuro da educação no
País nos próximos 10 anos. Para 62% dos entrevistados, a educação vai melhorar,
26% acreditam que ficará no mesmo patamar e 9% avaliam que irá piorar. Apenas o
Paraguai tem um resultado melhor: naquele país, 64% esperam avanços na área. Já
os hondurenhos são os que menos acreditam no futuro do sistema educacional de
seu país: só 26% acham que a situação irá melhorar, enquanto 37% acreditam que
ficará no mesmo nível e 23% preveem piora. Em todos os países, o percentual de
pessoas que avaliam de forma positiva o futuro da educação é superior ao
daquelas que têm uma percepção negativa.
Ensino
superior: Pesquisa revela baixa qualidade dos
cursos superiores
“Esse
otimismo do cidadão é um fator de enorme pressão aos sistemas educativos.
Expectativas positivas contribuem fortemente para que a educação funcione”,
avalia o secretário-geral da OEI, Álvaro Marchesi.
Por outro
lado, os brasileiros estão entre os que têm a pior avaliação sobre a qualidade
do ensino público no seu país. A nota atribuída pelos entrevistados, em uma
escala de 0 a 10, foi 5,2 pontos, a quarta mais baixa entre os países
pesquisados, ao lado de Honduras. O país que, na avaliação dos entrevistados,
tem o pior sistema de ensino é o Chile, cuja nota foi 4,6. Os mais satisfeitos
são os costa-riquenhos e os nicaraguenses, que atribuíram nota 7 à educação.
O relatório
destaca, entretanto, que os resultados devem ser analisados com prudência, já
que a percepção dos cidadãos está ligada às circunstâncias sociais, econômicas
e políticas de cada país no momento em que a pesquisa foi feita. “Estamos
analisando expectativas e não indicadores concretos, que muitas vezes não
correspondem às opiniões da população”, destacou Marchesi.
Plano para 10 anos: Projeto que destina 10% do PIB para educação segue para o Senado
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Os
entrevistados também elegeram o que consideram prioridades para a educação
avançar. Em primeiro lugar, aparece melhorar a qualidade das instalações, com
45% das respostas. Na sequência, estão melhorar a formação do professor (41%),
melhorar o salário do professor (29%) e incorporar as novas tecnologias no
ensino (28%). Só 9% acham que aumentar a jornada escolar diária é importante
para fortalecer a aprendizagem. Cada entrevistado pôde marcar mais de uma
opção.
O Brasil
foi o País que registrou o maior o percentual de pessoas que consideram o
aumento dos salários dos professores uma medida prioritária para melhorar a
educação: 57% marcaram essa opção, contra 29%, considerando a média das
respostas de todos os países latino-americanos. O percentual de brasileiros que
avaliam como bom ou muito bom o nível de conhecimento dos professores sobre os
temas que lecionam foi 81%, acima da média da região (77%). Os professores mais
mal avaliados foram os do Chile (58%). Na outra ponta, estão os da Colômbia
(90%).
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